Inspirado pelo blog extraordinário da minha colega Selma Roberta, o Desafiando o Câncer , resolvi escrever sobre o linfoma, principalmente pela sua postagem mais recente, onde Selma solicita a todos os seguidores de seu blog que divulguem o vídeo da Campanha Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia).
A Abrale foi fundada em 2002 por um grupo da sociedade civil, formado por pacientes e seus familiares, com o compromisso de mudar a história da Onco-Hematologia brasileira.
No site da Abrale além do vídeo gravado por Reynaldo Gianecchini sobre a luta contra o câncer de sangue, você pode encontrar também todos os detalhes sobre o bonito trabalho que eles desenvolvem.
Vejam o vídeo e depois leiam a matéria completa sobre o linfoma.
A Abrale foi fundada em 2002 por um grupo da sociedade civil, formado por pacientes e seus familiares, com o compromisso de mudar a história da Onco-Hematologia brasileira.
No site da Abrale além do vídeo gravado por Reynaldo Gianecchini sobre a luta contra o câncer de sangue, você pode encontrar também todos os detalhes sobre o bonito trabalho que eles desenvolvem.
Vejam o vídeo e depois leiam a matéria completa sobre o linfoma.
Linfoma.
" Sabemos que o Reynaldo Gianecchini foi diagnosticado com um linfoma
não-Hodgkin, um tipo de câncer que afeta células do sangue e atinge mais os
homens, 3 para cada 2 mulheres. A doença tem como característica o fato de que
ela é mais comum entre pessoas que estão com o sistema imunológico
comprometido, como pacientes que passaram por algum tipo de transplante e os
que foram contaminados com o vírus HIV.
1. O que é
linfoma?
É o termo usado para designar os tumores cancerígenos
no sistema linfático, formado por vasos finos e gânglios (linfonodos) que atuam
na defesa do organismo levando nutrientes e água às células e retirando
resíduos e bactérias.
Existem duas categorias: o linfoma de Hodgkin e o
linfoma Não-Hodgkin. Há dezenas de tipos de linfomas dentro dessas categorias -
uma lista dinâmica, em atualização constante. O linfoma de Hodgkin é mais raro
e atinge na maioria jovens e pessoas de meia idade. Já o Não-Hodgkin, como o
que afetou o ator e a presidente Dilma Rousseff, responde por 90% dos casos e atinge
sobretudo pessoas com mais de 55 anos. Os linfomas são classificados em quatro
estágios. No estágio 1, observa-se envolvimento de apenas um grupo de
linfonodos. Já no estágio 4, há envolvimento disseminado dos linfonodos.
Os linfomas não Hodgkin são, na verdade, um grupo de
cânceres correspondente a mais de 20 doenças diferentes. A maioria (85%) atinge
os linfócitos B e menos de 15% são de células T.
4.
Existem causas conhecidas?
Na maioria das ocorrências, não é possível definir o
que causou o linfoma. Mas já são conhecidos alguns fatores de risco para o
surgimento da doença. Os principais são:
- Sistema imune comprometido - Pessoas com deficiência
de imunidade, em conseqüência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas
imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas.
Pacientes portadores dos vírus Epstein-Bar e HTLV1 e da bactéria Helicobacter
pylori (que causa úlceras gástricas) têm risco aumentado para alguns tipos de
linfoma.
- Exposição química - Os linfomas estão também ligados
à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e
fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de
linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a
altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato,
substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece
aumentar o risco de ocorrência.
- Exposição a altas doses de radiação.
O principais sintomas são aumento dos linfonodos do
pescoço, axilas e/ou virilha; sudorese noturna excessiva; febre; prurido
(coceira na pele); e perda de peso inexplicada, sem infecções aparentes. A
lista pode incluir outros sintomas que dependem da localização do tumor. Se a
doença ocorre na região do tórax, por exemplo, os sintomas podem ser de tosse,
falta de ar e dor torácica.
6. Como se
diagnostica o linfoma?
São necessários vários tipos de exames para determinar
o tipo exato de linfoma e esclarecer outras características, reunindo
informações úteis para a escolha do tratamento mais eficaz. Os métodos
utilizados são:
- Biópsia, ou retirada e análise de uma pequena porção
de tecido, em geral linfonodos.
- Exames de imagem.
- Estudos celulares, que incluem, entre outros, a
análise de cromossomos. Novos testes, bastante promissores, surgem a partir de
trabalhos com a análise do genoma.
A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia,
radioterapia ou ambos. A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais
drogas, sob várias formas de administração, de acordo com o tipo de linfoma. A
radioterapia normalmente é usada para reduzir a carga tumoral em locais
específicos, aliviar sintomas relacionados ao tumor e também consolidar o
tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de recaída em certas áreas do
organismo mais suscetíveis.
As chances de cura variam muito e dependem
fundamentalmente do estágio em que a doença é diagnosticada e do tipo de
linfoma. Hoje, o cálculo do risco baseia-se nesses dois fatores e no chamado
índice prognóstico, que considera uma série de características do paciente.
Algumas condições, como ter 60 anos ou mais, sofrer de anemia e ter presença
elevada de determinadas enzimas no organismo, elevam o índice e portanto o
risco.
9.
Existem formas de prevenção da doença?
Assim como em outros tipos de câncer, é possível que
dietas ricas em verduras e frutas tenham efeito protetor contra o
desenvolvimento de linfomas. Os especialistas, contudo, lembram que ainda não
existem formas de prevenção comprovadas."
Fonte: veja.abril.com.br postado no dia 11/08/2011.
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