sábado, 9 de março de 2013

Literatura - Para quem quer escrever


          Esse texto da Thalita Rebouças é delicioso. De maneira sincera e descontraída ela dá importantes dicas para quem quer escrever um livro mas não consegue iniciar.

Para quem quer escrever!

"Recebo vários emails de pessoas que pedem conselhos para iniciar a carreira de escritor e me fazem perguntas sobre o mercado editorial, sobre como começar a escrever um livro, alguns me pedem para analisar seus textos (o que eu nunca faço, já que não me sinto apta para criticar a criação artística de outras pessoas)... 
Mas as interrogações sempre fazem sentido. Afinal, para ser escritor não existe faculdade, não existe curso, você simplesmente vira escritor. Assim, do dia para a noite. Num estalar de dedos. Como não existe receita, resolvi botar aqui algumas dicas básicas, dicas que respondem a maioria das perguntas que recebo. Para minha alegria, elas têm ajudado muita gente que está perdida e não sabe por onde começar. Espero que te ajudem também.
Se você já está com seu primeiro original prontinho, clique aquiMas se você sonha em ser escritor e ainda não botou as manguinhas de fora: 
1) Nunca é tarde para correr atrás de um sonho. Zélia Gattai começou a escrever aos 63 anos, furou as orelhas aos 80 e hoje é imortal. Mas comece logo. Agora, se possível, tenha você 15 ou 80 anos. Escrever um livro leva tempo, então por que esperar mais? Cada dia de espera é um dia perdido, não volta mais. Aliás, esta dica serve para qualquer sonho que você tiver. Acredite e comece a se mexer. Ficar em casa assistindo à Sessão da Tarde não ajuda nada.Lembrei-me agora de uma passagem do primeiro livro do Amyr Klink, Cem dias entre Céu e Mar, em que ele conta uma coisa muito bonita. Seu medo maior não era das tempestades, dos tubarões ou da solidão. Seu medo era de nunca sequer partir para tentar realizar o seu sonho de cruzar o Oceano Atlântico remando. Não tentar pode ser muito, muito mais doloroso do que fracassar. Portanto, por mais difícil que possa parecer, NÃO DESISTA! 
2) Não se preocupe se os seus primeiros textos não forem um primor. É muito difícil acertar a mão logo de primeira. Continue tentando, continue insistindo. Você vai melhorar. Como dizem os ingleses, "a prática traz a perfeição". Escreva e reescreva cada parágrafo, cada capítulo dezenas de vezes, se necessário. Eu só paro de alterar um livro quando a editora me obriga a entregar os originais para iniciar o processo de publicação. 
3) Aliás... o ato de escrever se resume, basicamente, a duas etapas: a primeira consiste em despejar a história no papel. A segunda, minha preferida, em burilar esse texto "despejado". Lembre-se de que, como disse o filósofo francês Voltaire, escrever é a arte de cortar palavras. Acredite, é um dos melhores conselhos para quem quer viver de escrever. Não tenha pena do seu texto, corte, corte mais uma vez, mais uma. Limpe as arestas, enxugue as gorduras, mesmo, sem dó nem piedade. Assim, seu texto fica mais enxuto a cada leitura, a cada tratamento e, um belo dia, ele vai estar pronto, tinindo, apenas esperando que você dê a partida e o envie para as editoras.  
4) Se você é do tipo que entra em pânico diante de uma tela de Word em branco, compre um gravadorzinho. É uma excelente ferramenta de trabalho, vivo com o meu para cima e para baixo para não deixar as idéias sumirem na memória. Muita gente me diz que o difícil é começar a escrever, que dá um branco, parece que tem uma barreira etc. Com o auxílio do gravador, você simplesmente conta a história para você mesmo. Acredite, depois fica fácil passar para o papel. Você começará apenas transcrevendo suas idéias mas, aos poucos, vai tomar gosto pela escrita e pelo processo de lapidação de texto. E posso adiantar uma coisa? Prepare-se, é uma delícia.  
5) Uma forma bem bacana de praticar a escrita (e também de aprender a encarar as críticas numa boa) é criar um blog. Eles proliferam na internet e vieram ao mundo para mostrar o talento de muita gente que andava escrevendo escondida por aí. Além de ser uma maneira de mostrar a sua cara (e seu texto, claro), o blog pode te ajudar a ser encontrado por uma editora, já que cada vez mais a web se firma como celeiro de bons escribas. Se quiser conhecer o meu blog, clique aqui. 
6) Não escreva sem saber aonde quer chegar, fica muito difícil. É claro que você pode – e deve – mudar a sua história ao longo do tempo, mas sempre tenha um objetivo definido. Um exemplo: quando comecei a pensar em escrever o Tudo por um Pop Star defini que seriam três amigas, fãs fanáticas (e desastradas), capazes de fazer as maiores loucuras para chegar perto de seus ídolos. Os detalhes vieram depois, nasceram enquanto eu escrevia. 
7) Escolha um tema familiar, com o qual você se sinta à vontade. E pesquise o quanto for preciso para dar consistência ao seu romance. Com a Internet, pesquisar os mais diversos assuntos ficou bem mais fácil. E é uma das partes mais gostosas do trabalho de escrever um livro. 
8) Se a história empacar, deixe o livro de lado por algum tempo, mas não desista. De tanto revisar uma parte, você pode acabar não vendo mais o que precisa ser corrigido. Deixe o texto descansar por algumas semanas e depois volte a ele com olhos renovados. Problemas que pareciam insolúveis se resolvem naturalmente.  
9) Observe. Tudo. No carro, na portaria, no elevador, na night, observe tudo e todos. O cotidiano é uma infindável fonte de inspiração (bebem dela grandes autores, como João Ubaldo Ribeiro, Mário Prata e Fernando Sabino, só para citar alguns). Um comentário aparentemente inútil e sem importância que você ouviu no elevador pode render idéias saborosas para crônicas, contos e até romances. Fique de olhos e ouvidos bem abertos! Sempre.  
10) Cuidado com a opinião de amigos ou mesmo de parentes. Ela pode ser desfavorável (ou não tão otimista quanto você esperava) e abalar a sua garra. Lembre-se de que a última coisa que os pais de Paulo Coelho desejavam era que ele se tornasse escritor. E quem vai dizer agora que ele estava errado? Além do mais, seu livro, por mais que você o ame e o ache perfeito, sempre desagradará a alguém. Nenhum livro (nenhum, mesmo!) tem aprovação unânime. Se alguém criticar seu texto, procure encarar com naturalidade. É difícil, mas é preciso.  
11) Molho. Massa sem molho é uma lástima. Fica uma coisa sem graça, insossa, zero apetitosa. Texto sem molho é isso aí e mais um pouco. Escrever corretamente é uma coisa. Escrever com molho é outra. Uma boa história é capaz de prender o leitor. Mas uma boa história com molho pode conquistá-lo e ser o ingrediente que levará seu projeto de livro para frente. Luis Fernando Veríssimo, Fernando Sabino e João Ubaldo Ribeiro são ótimos exemplos de autores que sabem dar molho ao que escrevem. 
12) Leia. Leia muito. Livros, jornais, revistas, bulas de remédio, manuais de máquinas fotográficas, blogs, gibis, não importa. É lendo que ficamos em contato com a matéria-prima de todo e qualquer escritor: a língua portuguesa. É como o treino para um jogador de futebol. Sem leitura, um escritor que podia ser craque vira apenas mais um perna-de-pau. 
Para quem já está com seu primeiro original prontinho:
  • A) Registre seus originais na Biblioteca Nacional antes de enviá-los a uma editora. O procedimento é simples e está descrito no site da instituição. Importante: este registro não precisa ser enviado para as editoras junto com os originais. 
  • B) Envie, junto com uma carta de apresentação caprichada, um exemplar encadernado para todas as editoras que você acha que têm perfil para publicar o seu livro. Muita gente me pergunta se pode mandar os originais em formato digital. Melhor não. O ideal é que seus originais cheguem à editora impressos e encadernados. Mas isso é o óbvio, né? Só que é preciso tomar alguns cuidados. Se você simplesmente enviar os originais num envelope pardo, pode ter certeza de que ele vai acabar numa pilha que, usualmente, vai do chão ao teto. As editoras simplesmente não conseguem avaliar todos os originais que chegam para elas.  Para que isso não aconteça, invente uma forma criativa de se destacar dos outros candidatos a escritor. Exemplos: mande os originais numa caixa enorme, cheia de balas. Ou mande numa caixa colorida. Ou o que mais você inventar para aparecer mais do que os outros. Claro que você pode ter sorte, como teve ninguém menos que J. K. Rowlling, a criadora de Harry Potter, o bruxinho mais famoso e milionário do mundo. Foi do topo de uma pilha dessas que foi pego seu primeiro original, simplesmente porque um compromisso do agente foi cancelado. Mas, na dúvida, vamos sempre tentar dar uma mãozinha para a nossa sorte. 
  • C) Coloque um pinguinho de cola a cada dez páginas dos seus originais. Assim, quando uma editora qualquer devolver seu texto alegando não ter interesse em publicá-lo, você poderá checar se ele foi ao menos lido e avaliado. Meu marido, o Cao, fazia isso quando não tinha ainda nenhum livro publicado e denominou a técnica de "colagem anti-depressão". Muito útil. Diversas vezes ele recebeu de volta os originais e pôde verificar que eles não tinham sido sequer folheados.  
  • D) Se depois de um ano você não receber nada a não ser cartinhas do tipo "que pena, mas para os próximos meses nossa programação já está fechada", comece a cogitar uma pequena edição independente. Voltando ao exemplo do Cao, essa foi a decisão dele e, após a venda de 800 exemplares (nos bares, em pequenas livrarias etc.), ele acabou sendo convidado pela Editora Record para reeditar seu primeiro livro, O Brilho dos Pássaros, e, em seguida, lançar o segundo, A Janela Entreaberta. 
  • E) Se for fazer sua edição independente, muitíssimo cuidado com a escolha da capa, do título e com o preço final para o leitor. Quanto mais barato um livro, mais fácil vendê-lo – principalmente quando se trata de um autor iniciante. O título e a capa, claro, devem ser bonitos e bem cuidados. Mas também precisam ser comerciais e espelhar bem o conteúdo do romance. Um exemplo de livro com título poético e capa bonita que não funcionam bem comercialmente é O Brilho dos Pássaros, do Cao (mais detalhes em www.carlosluz.com.br). O livro conta o que acontece a um rapaz de 20 e poucos anos após a sua morte, mas se o provável leitor não pegar o livro e ler a contracapa jamais descobrirá. Acho que é só isso que ainda impede esse romance de se tornar um imenso sucesso, mas com o tempo ele chega lá, tenho certeza. Tudo teria sido muito mais rápido se o título escolhido tivesse sido, por exemplo, Depois que morri. 
  • F) Por mais que você ame desenhar e seja um ótimo ilustrador, deixe a capa aos cuidados da editora. Não que você não possa opinar e dar sugestões quando chegar a hora, mas a palavra final nas capas dos livros costuma ser da editora.  
  • G) Mandar os originais em formato de livro pronto também não impressiona as editoras. Elas são 100% responsáveis pela parte gráfica de um livro (tipo de letra, encadernação, capa, contracapa, tudo). A parte que cabe ao escritor é apenas o texto.   

  • H) Muita gente me escreve perguntando como é feito o pagamento aos escritores. Normalmente, as editoras pagam 10% do preço de capa trimestralmente. 
Por enquanto é isso, mas aos poucos eu boto mais dicas por aqui.Mãos à obra e... BOA SORTE!"




























Por Thalita Rebouças

Zico 60 anos.



Zico! 

Fez da minha infância glória!

Marcou cada ano da década mais especial da minha vida a década de 80.
Me fez virar casaca diante da narração inesquecível de Jorge Curi, quando Zico ao cobrar um corner na medida para a cabeçada de Rondinele, aos 43 minutos do segundo tempo de uma final de campeonato, proporcionou o gol do título em 1978, contra o clube da Colina de São Cristovão.
Deixei naquele cruzamento mágico dele, de torcer para o time das Laranjeiras, para ser Campeão diversas vezes com o Flamengo.

Sou Flamengo graças ao Zico, por isso esse espetacular atleta, 
homem íntegro, profissional exemplar é o maior craque que vi jogar.

Parabéns Zico.

Conto - Último Capítulo



Último Capítulo

O som do programa jornalístico na TV ao longe não incomodava Ravel que escrevia um texto, mais um dos vários textos incompletos que faziam parte do seu dia a dia.  O som da porta do quarto a frente abrindo o despertou, em forma de susto, sentiu seu corpo saltar em batidas aceleradas dentro do peito.

- Ravel? – Perguntou Nora com um sussurro embargado e com a garganta arranhada por um leve resfriado
- Estou indo Nora. - Ele resmungou agora irritado.
- O que está havendo Ravel? - Disse Nora com expressão suplicativa, mas em baixo tom. Nora continua, - Não vou aturar mais essa sua indiferença, vou voltar para o Rio de Janeiro se você voltar a beber durante a noite.
- Nora, sem essa, não começa. - Replicou Ravel.

A porta voltou a fechar atrás de Nora.
***

Entre uma esquina e outra, Ravel conseguia suportar a fadiga em suas pernas e as batidas no peito, enquanto corria. Lêu na revista Running que os pulmões devem ser exigidos a trabalhar fortemente com profundas inalações para que os pulmões se expandam ao máximo, de modo que o peito cheio de oxigênio dilatasse e armazenasse mais ar, aumentando a resistência do corredor. Embora essa técnica não adiantesse naquela noite, afinal Ravel reduziu seus treinos a uma vez por semana, a poucas semanas os mesmos pulmões corriam dia sim dia não.
Por nenhum motivo aparente Ravel gostava de correr por 9 km, nem 5 nem 10, tinha de ser 9 km. Contudo esta noite Ravel pretendia correr apenas 6 km, caso contrário seu plano seria prejudicado. A cada sopro exalado Ravel sentia seu peito bater mais forte, também por emoção, pois ali morava um coração apaixonado e ansioso pela surpresa que estava preparando para Nora.

Nora estava no Rio em uma viagem de negócios, tinha acordado tão cedo para pegar o primeiro Ocean Air vôo do dia, Ravel nem tomou conhecimento, também pudera foi para cama quase as quatro da matina.
Combinaram que assim que o vôo para São Paulo pousasse em Congônhas Nora ligaria para Ravel buscá-la no aeroporto.

Durante o horário do almoço Ravel fora ao shopping comprar o presente de Nora; um livro que Nora havia folheado dias atrás no mesmo shopping, com muito entusiasmo Nora contou parte do texto que lera na orelha do livro.
Já retornando de seu treino Ravel olhou para o seu relógio Polar e percebeu que teria aproximadamente uma hora para terminar seu treino e terminar toda surpresa para Nora. Pensando em comprar mais flores para colorir ainda mais o grande momento, ficava imaginando todos os detalhes, planejava tanto que por algumas vezes pensou em voz alta cada etapa da surpresa.

Ao atravessar uma deserta rua ouviu por detrás de seu ouvido esquerdo aproximação de uma moto, com um ronco tosco e úmido de óleo velho, um forte calafrio subiu sua nuca, um vento frio e suave levantou sua camiseta, como consequência do deslocamento de algo motorizado, que em instante estava ao lado de Ravel. Dois homens ainda em cima da motocicleta, usando capacetes de cor preta e rosa emparelhara com Ravel, que assustado trotava em rítimo lento.

- Peraí mano, para aí mesmo, não tem para onde – disse o homem da garupa.
Ravel encostou rapidamente na grade de uma loja de móveis de vime, a avenida estava repleta de carros em alta velocidade, mas o local era favorável aos assaltantes, pois a calçada era larga e a moto estava entre uma pequena árvore e Ravel, que rapidamente percebeu um feixo de luz refletindo, entre a barriga de um dos homens e as costas do assaltante condutor, tratáva-se de um comprido cano do revólver.

- Meu, passa o relógio e o mp4, rápido! _ Gritou o assaltante,

         - Não tenho MP4 nem... Ravel iniciou a resposta e foi interrompido por um estalido e seco disparo, que atingiu o tronco de Ravel rompendo a carne um pouco abaixo de seu mamilo esquerdo.

- Pôrra meu... putz... o que você fez?  - Gritou o figura que estava no comando da moto.
– Êta porra! Essa merda disparou sozinha, - Trêmulo o homem de capacete rosa berrou. 

Em uma forte arrancada a moto derrapou sobre a estrada e disparou em alta velocidade pela avenida.

Em um pensamento rápido, Ravel levantou-se e olhou para os carros que passavam na Avenida, sentiu vergonha por ter estado no chão,
então seu pai lhe perguntou se estava bem, Ravel sorriu para seu pai e disse,

         - Claro que estou bem e você, como está Pai? – Respondeu Ravel.
- Estou bem meu filho, venha vamos sair daqui, informou o Pai de Ravel olhando ao seu redor como se estivesse atento à algum risco.

Ravel chegou em casa e foi correndo para o quarto, para verificar por mais uma vez se a as pétalas espalhadas pela cama seriam suficientes para agradar Nora.

Surpreendeu-se com a presença de Nora, ela já estava sentada na cama abraçada com o livro A Casa de Vidro. Nora movimentou lentamente a cabeça em direção a Ravel e ainda com os olhos cheios de lágrimas disse:

- Por que Ravel? Por que?

Ravel sorriu e antes que pudesse dizer o quanto a amava e se aproximar, Nora tomou a frente em direção a porta da entrada, porque a campainha acabara de tocar, Ravel sentou na cama e ainda sorrindo ergueu o braço e pegou o livro.

Nora recebeu uma amiga do trabalho e disse,
- Eu não acredito que isso está acontecendo comigo Tatiana.
Em silêncio Tatiana a abraçou apertado.

Ravel levantou em direção a sala, porém antes mesmo de sair do quarto seu pai entrou de repente na sua frente.

         - Oi pai você por aqui de novo? O senhor está ótimo.

O pai de Ravel estava vestindo um pulôver branco e uma calça creme com pequenas listras horizontais e verticais de cor azul.

         - Você viu o presente que eu comprei para a Nora, ela ficou até emocionada com a surpresa. Espera um momento. Indagou surpreso Ravel. Onde estão as pétalas de rosa vermelha que espalhei pela cama e pelo apartamento?

Continuou em silêncio o pai de Ravel.

Nora já não se continha mais, agora sentada no sofá de couro estava em prantos nos braços da amiga.

Ravel olhou para seu pai logo que viu Nora em prantos, olhou para a porta de vidro que separava a sala e a sacada do apartamento, e percebeu uma pequena luz azul, mas muito firme que girava em torno de seu próprio eixo.

Sem dizer nada Ravel sentiu seu peito molhado e percebeu que sangrava bem sobre o coração.

Nesse instante Nora disse,
         - Eu queria muito falar com ele aquele dia, pressenti que algo ruim estava para acontecer.
                                                                                                                           
                                                   São Paulo, 19:53 do dia 14 de outubro de 2012.
                                                                                                                         Por Popi.