domingo, 26 de setembro de 2010

Sofrimento

"Ninguém se afasta do sofrimento pela fuga da realidade, mas fundamentalmente pelo esclarecimento alcançado através da fé raciocinada, ladeada pela racionalização dos sentimentos."

Da obra Fundamentos da Reforma Íntima de Abel Glaser por Cairbar Schutel

O verdadeiro e inspirador texto remete minha mente
a um maremoto de pensamentos,
uma explosão arrebata meus sentimentos,
caminhos espinhosos, curvolentos, tortas retas, e deslizes me remetem à uma única encruzilhada,
meu interior,
mesmo que seja com sofrimento e dor
transparece um certo clarão de lucidez graça e razão.

Transcrevo aqui na íntegra o capítulo Sofrimento;
      150- Sofrimento é, em tese, um estado de espírito desequilibrado que envolve o ser humano em determinadas fases de sua jornada, resultante da inadaptação ou rebeldia diante dos obstáculos de qualquer espécie que surjam à frente.
      151- Os obstáculos são as provas ou as expiações pelas quais todo o ser humano deve passar, pois são fatores necessários ao progresso do ser.
      152- O sofrimento pode gerar inúmeros sentimentos e estados de espírito secundários negativos.
      153- Não há frutos positivos da rebeldia diante do sifrimento.
      154- Em verdade, termina por significar inaceitabilidade do homem aos Desígnios Divinos, pois nada acontece por acaso e tudo que envolve o ser humano, numa visão positiva ou negativa, tem uma razão plenamente justificada e absolutamente justa, pois Deus não falha.
      155- Revoltar-se é um ato de irresignação, porque o indivíduo recusa-se a seguir, como todos devem fazer, as Leis Divinas, que determinam não haver progresso sem luta e perseverança. Consequentemente, não há evolução sem o vencimento de provas e a ultrapassagem resignada da expiações.
      156- Pode tratar-se de um estado de espírito desequilibrado, fruto da incostância e do desajuste - condição suficiente para determinar o surgimento de outros males de variada ordem. A título de exemplo, o sofrimento, neste caso, pode trazer angústia, tristeza, amargura, dores físicas e psíquicas, emotividade exacerbada, sensibilidade extrema, ira e, sobretudo, ódio.
      157- o sofrimento moral é capaz, nessas circustâncias, de gerar doenças no corpo físico porque provoca desajustes no sistema imunológico, em grande parte controlado pelo psíquico, que é dirigido pelo espírito.
      158- Podem causar também doenças mentais e psicológicas, visto abalar o sistema nervoso.
      159- Sofrer por sofrer não trazem vantagem alguma, somente problemas.
      160- Deixar de revoltar-se diante do inevitável é mostra de evolução, pois representa aceitação plena da votade de Deus.
      161- No campo da reforma íntima, o mais indicado para amenizar e afastar o sofrimento é compreender a lei da reencarnação, acatando-a como justa e verdadeira.
      162- Sabendo que, para ser autentica e definitivamente feliz, o Espírito deve passar por vários estagios, vale dizer, por inúmeras reencarnações e que cada uma delas lhe proporciona oportunidade
ímpar de progresso espiritual, o ser humano pode, aos poucos, em primeiro lugar, tranqulizar o seu âmago, aceitando as provas que lhe surgem à frente.
      163- Outro passo fundamental para extirpar ou diminuir o sofrimento é a pessoa aprender a manipular positivamente os próprios sentimentos, racionalizando-os e impedindo que as emoções dominem a sua razão.
      164- O terceiro estágio é praticar a via inversa dos sentimentos negativos, que são frutos do sofrimento ou seus geradores, exercitando os positivos derivados do amor. Quanto mais o ser humano consegue colocá-los em ação, menos sofre.
      165- Atitudes de reclamação passiva merecem ser evitadas. Ao invés de questionar a falta de determinado bem, porque não lutar para obtê-lo? É preferível sair em busca da felizidade do que se queixar de que é infeliz.
      166- Por mais simples que possa parecer, muitos ainda não meditaram suficientemente no que lhes significa viver em função de situações e acontecimentos do passado. O melhor a fazer especialmente no que tange aos fatos que consideram negativos da vida, é deixá-los no pretérito, tal como a lei universal da evolução determina a impulsionar o ser humano para o futuro.
      167- Viver consciente e determinado no presente, bem como esperançoso no tocante ao futuro, supera as possíveis raízes negativas do passado e coloca o ser humano longe do desepero.
      168- Lembrar que o eventual sofrimento de hoje, amanhã será passado e, portanto, facilmente superável.
      169- Não projetar o sofrimento presente para o futuro (como se fosse um mal eterno, que inexiste) afasta a possibilidade de prejudicar a esperança.
      170- Usar as linhas do passado como lição e aprendizado dos erros cometidos, para evitá-los no presente e no futuro, é sabedoria, mas servir-se delas para trazer desacertos representa imaturidade.
      171- Uma das razões invocadas pelo homem para justificar seu sofrimento é a falta ou insuficiência de bens materiais. É preciso notar que muito deste sofrimento em realidade é originário do materialismo, outro mal que assola o plano físico.
      172- A perda de entes queridos, entendendo-se como tal o regresso desses seres à prática espiritual, é motivo de sofrimentos para muitos. Ainda que seja compreensível tal situação diante do atual estágio evolutivo da humanidade, torna-se necessário frisar que a volta ao mundo da verdadeira vida é motivo de alegria, de trajetória cumprida e, portanto, de etapa vencida. Permanecer no plano material é fase de provas e sede de obstáculos e lutas. Retornar pelos caminhos normais é finalização de uma jornada e, portanto, mostra de esperança num futuro melhor.
      173- Por pior que seja a passagem do Espírito pela vida material, inexiste o retrocesso na escala evolutiva, pois o progresso o aguarda.
      174- Fonte de sofrimento é a autopunição: aquele que, para condenar um gesto próprio, impõe-se um desequilíbri espiritual, cultiva sentimentos negativos. Ainda que alguns entendam que ele é abnegado sofredor e, portanto, mártir do próprio rigorismo, não há mérito em ursurpar uma função que é exclusiva de Deus. Do mesmo modo que não lhe cabe julgar o próximo, inexiste, como valor cristão, a auto análise como forma de inflingir um castigo a si mesmo.Autocrítica deve ser usada para o lado positivo, que é a melhora dos sentimentos, jamais para aplicação de uma pretensa pena, em verdade fator de suprimento ao espírito.
      175- Por isso é censurável o suicídio. Não cabe ao homem eliminar a própria vida. Não é atribuição do ser humano julgar-se e, com isso, aplicar a si mesmo uma pena mortal, por pior que tenha sido alguma conduta sua.
      176- Por outro lado, se o suicídio é praticado não como forma de autopunição, mas para evitar sofrimento, é outro malogro que o ser humano comete. Por dois fatores essenciais: primeiro, porque o sofrimento é somente uma incompreensão da realidade, logo, superável e, segundo, porque, extinta a vida material, continuará a vida espiritual, aumentando-lhe a expiação e, consequentemente, o sofrimento.
      177- Ninguém se afasta do sofrimento pela fuga da realidade, mas fundamentalmente pelo esclarecimento alcançado através da fé raciocinada, ladeada pela racionalização dos sentimentos.

sábado, 4 de setembro de 2010

Cultura - Jogando no Quintal




            Assisti recentemente a peça teatral Caleidoscópio da companhia teatral Jogando no Quintal, no Tucarena da PUC de São Paulo.
Caleidoscópio trata de uma forma bem humorada passagens da vida dos espectadores. Interatividade entre os telespectadores e o elenco da peça é o ponto alto do espetáculo.
Pura improvisação teatral que convida os atores do Jogando no Quintal a se debruçarem sobre uma nova empreitada: a construção de uma atmosfera completamente diferente daquela estabelecida em seu espetáculo Jogando no Quintal – Jogo de Improvisação de Palhaços, em cenas não competitivas, de longa duração e sem o uso da “máscara”, o nariz de palhaço que tanto caracteriza o espetáculo de maior sucesso da companhia. O espetáculo, porém, se serve do humor e do distanciamento característico da linguagem clownesca para brincar de construir cenas e viver estórias.

A temporada foi prorrogada:
Caleidoscópio no Tucarena!

03/09 (Sexta) 22:00hs
04/09 (Sábado) 21:00hs
05/09 (Domingo) 19:30hs

Tudo sobre a companhia Jogando no Quintal e sobre a peça podem ser encontradas no site: http://www.jogandonoquintal.com.br/