domingo, 4 de maio de 2014

O Homem de Bem



       O texto O Homem de Bem é muito bonito e forte, e me traz uma conotação de parametro que me faz refletir muito.

        A procura das melhores ações e atitudes de bem, que propaga mensagens exemplares, para de alguma forma servirem de modelo para aqueles menos experientes que nos cercam, vejo nesse texto uma ótima oportuidade de me melhorar como pessoa.

        O texto é longo mais de grande valia para cada um de nós.

" O Homem de Bem

       O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga sua consciência sobre seus próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desperdiçou voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem de se queixar dele, pergunta, enfim, se fez aos outros tudo que desejava que os outros fizessem por ele.

       Tem fé em Deus, em sua bondade, em sua justiça, e em sua sabedoria; sabe que nada acontece sem a sua permissão, e submete-se à sua vontade em todas as coisas.

       Tem fé no futuro; por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

       Ele sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita sem se lamentar.

       O homem de bem, inspirado pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperança de retorno; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sempre sacrifica o seu interesse pela justiça.

       Encontra satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta, nas alegrias que proporciona, nas lágrimas que faz estancar, nas consolações que proporciona aos aflitos. Seu primeiro ímpeto é pensar nos outros, antes de pensar em si, é buscar o interesse dos outros antes de seu próprio. O egoísta aou contrário, calcula as vantagens e as perdas de toda ação generosa.

       O homem de bem é humano, é bom e benevolente para todo o mundo, sem distinção de raças nem crenças, porque vê irmãos em todos os homens.

       Respeita todas as convicções sinceras nos outros, e não amaldiçoa aqueles que não pensam como ele.

       Em todas as circunstâncias a caridade é o seu guia; reconhece que aquele que prejudica o seu semelhante com palavras maldosas, que fere a suscetibilidade de pessoas com seu orgulho ou o seu desdém,
que não existe diante da idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, mesmo leve, quando poderia evitá-la, falta ao dever do amor ao próximo e não merece a clemência do Senhor.

       Não tem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, ele perdoa e esquece as ofenças, e só se lembra dos benefícios, porquanto sabe que será perdoado, assim como ele mesmo houver perdoado.

       É indulgente para com as fraquezas dos outros, porque sabe que também necessita de indulgência, e se recorda dessas palavras do Cristo: " Que aquele que está sem pecado lhe atire a primeira pedra".

       Não sente prazer em procurar os defeitos dos outros, nem em colocá-los em evidência. Se a necessidade a isso o obriga, procura sempre o bem que pode atunar o mal.

       Estuda as suas próprias imperfeições, e trabalha incessantamente para combatê-las. Todos os seus esforços são empregados para que amanhã possa dizer que existe nele algo melhor do que na véspera.

       Não procura fazer valer nem seu espírito, nem seus talentos a custa de outros; ao contrário, aproveita todas as oportunidades para fazer sobressair as qualidades dos outros.

       Não se envaidece da sua fortuna, nem das suas vantagens pessoais, porque sabe que tudo que lhe foi dado pode ser retirado.

       Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que se trata de um depósito da qual terá que prestar contas; sabe também que o emprego que lhes pode dar, mais prejudicial para si mesmo, é o de utilizá-los para a satisfação de suas paixões.

       Se a ordem social colocou pessoas sob a sua dependência, ele as trata com bondade e benevolência, porquanto, perante Deus, são iguais a ele, usa a sua autoridade para lhes levantar o moral, e não para esmagá-los com o seu orgulho, e evita tudo o que poderia tornar sua posição subalterna mais penosa ainda.

       A pessoa subordinada, por sua vez, compreende os deveres de sua posição, e tem escrúpulos em não cumpri-los conscienciosamente. 

       O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos os direitos que as leis da natureza lhes concede, como desejaria que os seus fossem respeitados.

       O que acabamos de expor não é a enumeração completa de todas as qualidades que distinguem o homem de bem, mas todo aquele que se esforça para possuir as que aqui foram citadas, está no caminho que conduz a todas as outras. "



O Evangelho Segundo o Espiritismo. XVII. Sede Perfeitos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário