segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Sol Congelado


Escrever uma canção para você, sentir o cheiro do café fresco e recordar...
Correr e imaginar todos os momentos sem pressa, vivemos no parque.
Admirar seu empenho sua concentração no centro da sala, trabalho estudo não importa eu admiro.
Ouvir um resmungo no chuveiro, como se houvessem duas pessoas ao banho, o que importa, é vocé, única.

Comer a comida mais fresca com a tempero do amor, 
prova para ver se está bom amor?
Tirar a ultima peça do seu corpo ou deitar de lado ao seu entorno diante da madrugada.
Casa com musica nas tardes de domingo e a sua backvoz acompanha a canção que um dia foi pop.
Deixar a cama pronta, sentar ao seu lado enquanto faz as mãos e as unhas apronta.
Abrir a porta para você entrar e seu sorriso chega antes junto com sua alma.

Dias quentes de verão sem você, por que?
Sou eu no calor de um sol congelado.
Danço ao som de Horjeriza ou Collective Soul.
Vejo seu rosto, mesmo ausente, sorrindo.
Dias quentes de verão sem você, por que?
Sou eu no calor de um sol congelado.

Oi meu rei, assim atendes o telefone sempre, quase sempre
Faz se fácil e livre, cativa amigas que são por muitos anos amigas de verdade.
As lições que fazes com as crianças, me ensinam tanto, tanto, tanto...
Tento ajudar a ensinar e sempre aprendo, aprendo mais com você.
Choro raro me lava o espirito, sinto me bem
Chorar é seu poderoso remédio que te reintera e te fortelece
Talvez seja assim, incrível, porque choras intensamente.

Dias quentes de verão sem você, por que? 
Sou eu no calor de um sol congelado.
Danço ao som de Horjeriza ou Collective Soul.
Vejo seu rosto mesmo ausente sorrindo.
Dias quentes de verão sem você, por que?
Sou eu no calor de um sol congelado.


domingo, 4 de maio de 2014

O Homem de Bem



       O texto O Homem de Bem é muito bonito e forte, e me traz uma conotação de parametro que me faz refletir muito.

        A procura das melhores ações e atitudes de bem, que propaga mensagens exemplares, para de alguma forma servirem de modelo para aqueles menos experientes que nos cercam, vejo nesse texto uma ótima oportuidade de me melhorar como pessoa.

        O texto é longo mais de grande valia para cada um de nós.

" O Homem de Bem

       O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga sua consciência sobre seus próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desperdiçou voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem de se queixar dele, pergunta, enfim, se fez aos outros tudo que desejava que os outros fizessem por ele.

       Tem fé em Deus, em sua bondade, em sua justiça, e em sua sabedoria; sabe que nada acontece sem a sua permissão, e submete-se à sua vontade em todas as coisas.

       Tem fé no futuro; por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

       Ele sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita sem se lamentar.

       O homem de bem, inspirado pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperança de retorno; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sempre sacrifica o seu interesse pela justiça.

       Encontra satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta, nas alegrias que proporciona, nas lágrimas que faz estancar, nas consolações que proporciona aos aflitos. Seu primeiro ímpeto é pensar nos outros, antes de pensar em si, é buscar o interesse dos outros antes de seu próprio. O egoísta aou contrário, calcula as vantagens e as perdas de toda ação generosa.

       O homem de bem é humano, é bom e benevolente para todo o mundo, sem distinção de raças nem crenças, porque vê irmãos em todos os homens.

       Respeita todas as convicções sinceras nos outros, e não amaldiçoa aqueles que não pensam como ele.

       Em todas as circunstâncias a caridade é o seu guia; reconhece que aquele que prejudica o seu semelhante com palavras maldosas, que fere a suscetibilidade de pessoas com seu orgulho ou o seu desdém,
que não existe diante da idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, mesmo leve, quando poderia evitá-la, falta ao dever do amor ao próximo e não merece a clemência do Senhor.

       Não tem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, ele perdoa e esquece as ofenças, e só se lembra dos benefícios, porquanto sabe que será perdoado, assim como ele mesmo houver perdoado.

       É indulgente para com as fraquezas dos outros, porque sabe que também necessita de indulgência, e se recorda dessas palavras do Cristo: " Que aquele que está sem pecado lhe atire a primeira pedra".

       Não sente prazer em procurar os defeitos dos outros, nem em colocá-los em evidência. Se a necessidade a isso o obriga, procura sempre o bem que pode atunar o mal.

       Estuda as suas próprias imperfeições, e trabalha incessantamente para combatê-las. Todos os seus esforços são empregados para que amanhã possa dizer que existe nele algo melhor do que na véspera.

       Não procura fazer valer nem seu espírito, nem seus talentos a custa de outros; ao contrário, aproveita todas as oportunidades para fazer sobressair as qualidades dos outros.

       Não se envaidece da sua fortuna, nem das suas vantagens pessoais, porque sabe que tudo que lhe foi dado pode ser retirado.

       Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que se trata de um depósito da qual terá que prestar contas; sabe também que o emprego que lhes pode dar, mais prejudicial para si mesmo, é o de utilizá-los para a satisfação de suas paixões.

       Se a ordem social colocou pessoas sob a sua dependência, ele as trata com bondade e benevolência, porquanto, perante Deus, são iguais a ele, usa a sua autoridade para lhes levantar o moral, e não para esmagá-los com o seu orgulho, e evita tudo o que poderia tornar sua posição subalterna mais penosa ainda.

       A pessoa subordinada, por sua vez, compreende os deveres de sua posição, e tem escrúpulos em não cumpri-los conscienciosamente. 

       O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos os direitos que as leis da natureza lhes concede, como desejaria que os seus fossem respeitados.

       O que acabamos de expor não é a enumeração completa de todas as qualidades que distinguem o homem de bem, mas todo aquele que se esforça para possuir as que aqui foram citadas, está no caminho que conduz a todas as outras. "



O Evangelho Segundo o Espiritismo. XVII. Sede Perfeitos.



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Conto: O Taxista Furioso



O Taxista Furioso.

     - Senhor, por favor, disse o taxista.
Um senhor baixo e forte, pelo tom de voz um homem viril e de ar confiante e firme.

     - Obrigado, respondi.

    A caminho do aeroporto de Cumbica o motorista fazia comentários sobre os trânsito pesado de São Paulo, que todos esses carros foram patrocinados pelo governo porque sempre que a indústria automobilística entra em crise o governo injeta dinheiro, libera impostos que incentivam a compra de mais automóveis. Claro que concordei porque sem dúvida nenhuma, o carro é um dos produtos que mais arrecada impostos para o governo, que por sua vez não tem a menor preocupação com o eminente colapso no transporte brasileiro que está prestes a ocorrer.

     - Não consigo entender porque nosso povo não reage a tanta podridão por parte dos políticos, disse o taxista.
     - Quando vejo esses * black bloc depredando o patrimônio público fico muito furioso, a vontade que tenho é de pegar esses caras e estraçalhar, dá mesmo tanto na cara deles, esbravejou o homem.
   
     - Sabe seu Carlos, antes de ser taxista eu era policial, e sei como funciona isso, por isso fico muito revoltado com atitudes desses idiotas, que na verdade se parar para perguntar muitos deles não sabem nem porque estão cometendo esses atos de vandalismo. São jovens que não sabem nem o que querem da vida, estão se aproveitando das manifestações para causar destruição.

Analisei as palavras do motorista, e emiti um pouco da minha visão sobre as manifestações que estão ocorrendo.
     - Estou um pouco cético sobre as manifestações, no início achei que estava muito bem orquestrada pelo grupo Movimento Passe Livre (MPL), que o povo realmente estava disposto a conseguir a redução das tarifas de transporte público, o famoso "20 centavos". Apesar de perceber que outras reivindicações estavam sendo ditas como palavras de ordem, por exemplo abaixo a PEC 37, tornar a corrupção como crime hediondo, e outras coisitas mas. Mas logo que as tarifas nas grandes metrópoles foram reduzidas, as manifestações legítimas perderam força com a recuada da MPL, que inteligentemente tirou o pé do acelerador quando viu que corria risco de ser usado por reacionários e conservadores. De lá para cá as manifestações são atos não soberanos e de anti democracia, onde vândalos destroem agências de banco e prédios do governo com a cabeça coberta e sem causa definida.

A essa altura o taxista se encontrava pensativo e disposto a dialogar mais a fundo, senti que o homem se encontrava em estado alterado, e não me senti bem, foi nesse momento que ele começou com umas palavras bastante agressivas, com palavrões e com expressões como:

     - " fico até arrepiado só de pensar" --.

     - Hoje tenho 52 anos, sou pai, sou avô, mas vou te falar um coisa, como essa luz que brilha aí fora,
se referiu o senhor motorista ao lindo dia que fazia no início da tarde de domingo.

     - se eu tivesse 22 anos e com a cabeça que tenho hoje, eu iria ser caçador de políticos, sairia na espreita de políticos como Lula, José Dirceu e Dilma, sentaria o dedo, e esquartejaria esses filhos da #*#¨ e colocaria seus pedaços em praça pública.

Aquelas palavras me surtiram um efeito tão negativo, mas tão negativo, que senti um mau estar enorme. Não fiz comentário, mas percebendo que o homem me olhava pelo espelho retrovisor, eu acenava com a cabeça de forma positiva. Sei que não concordava com suas palavras, mas achei que seria melhor não contra-pôr o que estava sendo dito, não pensei nisso no momento, mas qual seria a reação desse senhor se eu manifestasse alguma reação de descontentamento ou até mesmo algumas palavras de repúdio a tamanha violência? Não sei o que aconteceria, mas o simples fato de não ter contestado o discurso violento e retrogrado do taxista  me deixou incomodado e até mesmo triste.

Ainda no táxi mas já nos arredores do aeroporto, pensei que aquela conversa não me fizera bem, mas não dei muita importância a esse pensamento.
Saí do táxi me despedi do homem, que me informou seu nome: Mauro.

Depois de ter despachado minhas malas e trocado moeda em uma casa de câmbio, fui até a esteira e passei minha bagagem de mão no scanner  a moça que verificava no monitor o que estava na minha bagagem disse,
   
     - Este frasco que está na sua mochila tem mais de 100 ml?
     - Não tenho certeza mais acho que não, respondi.
     - Senhor vamos precisar que você despache o frasco, não poderá embarcar com ele, informa a     moça de forma profissional.

Foi quando respondi imprudentemente,
     - Não vou despachar nada, vou embarcar com esse perfume, pois comprei aqui no Duty Free semana passada. Comprei aqui, embarquei para o Chile e voltei para São Paulo, e ninguém me abordou, então senhorita, não vou me desfazer do perfume. O que irá acontecer agora?
Perguntei indignado.

A moça me olhou com um ar de surpresa e disse que eu teria de falar com a policia federal.

     - Então pode chamar a polícia federal, porque sem o perfume eu não fico, respondi.

A essa altura me encontrava extremamente nervoso e com a respiração ofegante, aquele momento era atípico, meu temperamento estava a flor da pele, então lembrei do taxista e suas palavras grosseiras.
Procurei me estabilizar e me tranquilizar com pensamentos amenos e conversando comigo mesmo:
     - Fique calmo, não precisa se alterar, procure outras alternativas, deve haver alguma onde não seja necessário desfazer do perfume.

Mas sem menos esperar apareceram dois homens de alta estatura, um magro com uniforme e outro gordo com roupa normal, o maior e mais gordo se aproximou de mim, cruzou o braço e com um tom alto e arrogante disse,
     - O que está ocorrendo aqui?

Respondi o mesmo que havia dito para a moça da esteira, e ele disse que eu teria de despejar o frasco no recipiente grande e que não haveria devolução, caso contrário eu não embarcaria.
Nesse momento senti um fúria grande, tão grande e estúpida quanto aquela que o taxista expeliu mais cedo, e então afirmei,

    - Se não posso ficar com o frasco vou jogá-lo no chão assim ninguém ficará com o perfume.

O homem se aproximou, estufou o peito e disse,

     - sim claro, faça isso e sofrerá as consequências. Você vira para um policial federal no meu território e diz que irá quebrar um frasco no meu lobby, faça isso e arque com as consequências.

Neste momento percebi a idiotice, virei para a moça novamente e perguntei,
     - existe alguma outra alternativa?
     - sim senhor, vá até ao balcão de despacho de malas e despache o seu perfume. Disse a moça.

Peguei minha mochila e fui até os Correios e enviei o perfume de volta para o endereço de minha casa.

     A reflexão que faço sobre todo o episódio, é que de alguma forma um lado agressivo meu foi despertado pelas palavras violentas do taxista, e que preciso praticar a força do pensamento, para que não seja influenciado por energias negativas vindas de situações externas.

Sem dúvida faltou praticar um dos grandes ensinamentos do Senhor Jesus Cristo:

 " Orai e Vigiai" .

* black blocs -  é o nome dado a uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual grupos de afinidade mascarados e vestidos de negro se reúnem com objetivo de protestar em manifestações anti-globalização e/ou anti-capitalistas, conferências de representacionistas entre outras ocasiões, utilizando a propaganda pela ação para questionar o sistema vigente.


                                                                                      Por Popi.


domingo, 21 de julho de 2013

Poesia


Penasamentos escritos

Contemplam fatos 

Ou atraem tormentos

Mas não dá pra negar

Causam sensações e 

Ativam sentimentos


Popi.



Deixai vir a mim os pequeninos. Livro


    " Na prática dos valores reais, o homem adquire força e sabedoria para desvendar o que ficou escondido e levar luz onde o Sol ainda não brilhou.
    Nossa força psíquica tem potência incalculável que nos permite criar nosso mundo 
-- de alegrias ou de tormentos -- qual se cria uma nova fonte de água no momento em que é preciso. Assim, somos capazes de criar nossas defesas ou então, de passar pelo triste domínio da descrença e da dor. " 

Li esse texto de Simone, no livro Deixai vir a mim os pequeninos, e pensei em dedicar a todos meus amigos e amigas que vivem momentos de desânimo.